Artigos (Tribuna do Norte)
Natal, 06 de Novembro de 2010 | Atualizado às 11:00
Festa para todos os santos
Publicação: 05 de Novembro de 2010 às 00:00
Pe. José Lenilson de Moraisa - Adm. Paróquia N. Senhora do Ó, de Nísia Floresta
Na tradição católica costuma-se celebrar os santos e santas: aqueles homens e mulheres que se destacaram por uma vida exemplar no seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. São milhares de anciãos, jovens e crianças que viveram as virtudes heróicas no cotidiano de suas vidas ou na perseverança no martírio. No Rio Grande do Norte não nos faltam exemplos como os Mártires de Cunhaú e Uruaçú, Irmã Lindalva e outros em processo de beatificação, como o Pe. João Maria e o Cônego Monte. Mas é claro que é incontável a multidão dos autênticos seguidores de Jesus, que seria absurdo reduzir os santos àqueles que foram ou serão canonizados. É exatamente por isso que uma vez por ano a Igreja celebra a “Festa de todos os santos”. Em todos os outros países, esta Missa é celebrada no dia 01 de novembro.
No Brasil, esta e outras comemorações litúrgicas são transferidas para o domingo seguinte. O que, a meu ver, nem sempre produz os efeitos esperados, além do que é estranho quebrar a ligação direta que havia na passagem do dia de todos os santos para a celebração de finados. Os dias 01 e 02 juntos parecem-me mostrar melhor a realidade escatológica do encontro definitivo do homem com o Altíssimo. De qualquer modo, o significado maior da celebração é aquele de mostrar que a santidade é a vocação mais sublime de todo ser humano e que há uma comunhão que supera os condicionamentos físicos, biológicos e temporais.
Mas, o que é a santidade? Vale a pena falar sobre a santidade, hoje? Ainda se sustenta um discurso sobre os santos quando parece sobressair o contratestemunho, a hipocrisia e a falsidade? Creio que ninguém duvida que Madre Teresa de Calcutá foi uma mulher extraordinária, que sua vida é do mais alto grau de coerência humana e cristã, que soube servir aos pequenos até o esgotamento, que questionou a sociedade e a Igreja sem buscar os holofotes, que amou o seu próximo como o próprio Cristo Jesus. Pois bem, isto tem um nome: santidade. Ela mesma escreveu a propósito: “As pessoas dizem um monte de coisas inteligentes, grandiosas, belas, maravilhosas, enquanto eu digo coisas aparentemente bobas, coisas que até as crianças podem compreender. E, no entanto, as pessoas são inflamadas por estas palavras, porque conseguem compreendê-las e torná-las suas, pois a santidade não é um luxo para poucos escolhidos. A santidade é um dever de todos para vós e para mim. Mas, o que é a santidade? A santidade é aceitar a vontade de Deus com um grande sorriso... nisto ela se resume” (R. Bellinzaghi, Cinco minutos com Deus e com Madre Teresa, Paulinas, p. 57). Teresa de Calcutá é, sem dúvida, um exemplo colossal de vida santa. Contudo, existem aos milhões pessoas de todas as Igrejas e Religiões que fazem uma experiência de fé capaz de transformar suas vidas e contagiar a vida de quem as cerca. São pessoas que descobriram o lado alegre e belo e, ao mesmo tempo, comprometido e exigente do encontro com o Criador.
Para nós, cristãos, é no rosto humano de Cristo crucificado e ressuscitado que encontramos a transcendência de Deus, do Santíssimo, do totalmente Outro, que vem ao encontro do homem para lhe falar como a um amigo. Encontrar, eis o segredo! Duras batalhas temos que travar para o verdadeiro, profundo e transformador encontro com o Senhor. Ele não se esconde nem dificulta o nosso acesso. Em Jesus – o Supremo Mediador – Ele já se nos deu inteiramente. Nós é que fugimos dele, pensamos que seremos privados da liberdade, da alegria do viver, da espontaneidade e felicidade. Ele, que é todo Santo, nos respeita e acompanha com carinho até o dia em que decidirmos acolhê-Lo livremente para a aventura do amor na ternura de um Deus que se fez humano só para nos encontrar. Eis a santidade!
Na tradição católica costuma-se celebrar os santos e santas: aqueles homens e mulheres que se destacaram por uma vida exemplar no seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. São milhares de anciãos, jovens e crianças que viveram as virtudes heróicas no cotidiano de suas vidas ou na perseverança no martírio. No Rio Grande do Norte não nos faltam exemplos como os Mártires de Cunhaú e Uruaçú, Irmã Lindalva e outros em processo de beatificação, como o Pe. João Maria e o Cônego Monte. Mas é claro que é incontável a multidão dos autênticos seguidores de Jesus, que seria absurdo reduzir os santos àqueles que foram ou serão canonizados. É exatamente por isso que uma vez por ano a Igreja celebra a “Festa de todos os santos”. Em todos os outros países, esta Missa é celebrada no dia 01 de novembro.
No Brasil, esta e outras comemorações litúrgicas são transferidas para o domingo seguinte. O que, a meu ver, nem sempre produz os efeitos esperados, além do que é estranho quebrar a ligação direta que havia na passagem do dia de todos os santos para a celebração de finados. Os dias 01 e 02 juntos parecem-me mostrar melhor a realidade escatológica do encontro definitivo do homem com o Altíssimo. De qualquer modo, o significado maior da celebração é aquele de mostrar que a santidade é a vocação mais sublime de todo ser humano e que há uma comunhão que supera os condicionamentos físicos, biológicos e temporais.
Mas, o que é a santidade? Vale a pena falar sobre a santidade, hoje? Ainda se sustenta um discurso sobre os santos quando parece sobressair o contratestemunho, a hipocrisia e a falsidade? Creio que ninguém duvida que Madre Teresa de Calcutá foi uma mulher extraordinária, que sua vida é do mais alto grau de coerência humana e cristã, que soube servir aos pequenos até o esgotamento, que questionou a sociedade e a Igreja sem buscar os holofotes, que amou o seu próximo como o próprio Cristo Jesus. Pois bem, isto tem um nome: santidade. Ela mesma escreveu a propósito: “As pessoas dizem um monte de coisas inteligentes, grandiosas, belas, maravilhosas, enquanto eu digo coisas aparentemente bobas, coisas que até as crianças podem compreender. E, no entanto, as pessoas são inflamadas por estas palavras, porque conseguem compreendê-las e torná-las suas, pois a santidade não é um luxo para poucos escolhidos. A santidade é um dever de todos para vós e para mim. Mas, o que é a santidade? A santidade é aceitar a vontade de Deus com um grande sorriso... nisto ela se resume” (R. Bellinzaghi, Cinco minutos com Deus e com Madre Teresa, Paulinas, p. 57). Teresa de Calcutá é, sem dúvida, um exemplo colossal de vida santa. Contudo, existem aos milhões pessoas de todas as Igrejas e Religiões que fazem uma experiência de fé capaz de transformar suas vidas e contagiar a vida de quem as cerca. São pessoas que descobriram o lado alegre e belo e, ao mesmo tempo, comprometido e exigente do encontro com o Criador.
Para nós, cristãos, é no rosto humano de Cristo crucificado e ressuscitado que encontramos a transcendência de Deus, do Santíssimo, do totalmente Outro, que vem ao encontro do homem para lhe falar como a um amigo. Encontrar, eis o segredo! Duras batalhas temos que travar para o verdadeiro, profundo e transformador encontro com o Senhor. Ele não se esconde nem dificulta o nosso acesso. Em Jesus – o Supremo Mediador – Ele já se nos deu inteiramente. Nós é que fugimos dele, pensamos que seremos privados da liberdade, da alegria do viver, da espontaneidade e felicidade. Ele, que é todo Santo, nos respeita e acompanha com carinho até o dia em que decidirmos acolhê-Lo livremente para a aventura do amor na ternura de um Deus que se fez humano só para nos encontrar. Eis a santidade!
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