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(Foto: Agripino Junior) |
No próximo
dia 31 de julho, o seminarista Erivan Junior, que realiza seu estágio pastoral
da Paróquia de Nossa Senhora do Ó, em Nísia Floresta, será ordenado Diácono da
Igreja Católica Apostólica Romana, por imposição das mãos e oração consagratória
de Dom Jaime Vieira Rocha, Arcebispo Metropolitano de Natal. A celebração
solene será realizada a partir das 17h, no Santuário dos Mártires de Cunhaú e Uruaçú, na capital
potiguar.
O blog da
paróquia entrevistou o seminarista que falou sobre sua iniciação cristã, o
despertar vocacional, a expectativa para a ordenação, entre outros. Confira a
conversa logo abaixo:
Como despertou para a vida religiosa?
A minha
vida religiosa partiu, como quase todos nós, a partir da experiência vivenciada
pelos meus pais, minha mãe mais especificamente. Quando completei a idade de
quatro anos fui inserido oficialmente no corpo místico de Cristo, a Igreja; com
o sacramento da iniciação cristã e que é porta para todos os demais
sacramentos: o Batismo. Fui crescendo vendo a religiosidade dos meus parentes
mais próximos tendo sempre como base a missa dominical. Sem dúvida alguma, a
frequência semanal do sacrifício Eucarístico foi extremamente importante para
me dar uma base mais concreta no meu crescimento religioso. A minha família me
passou alguns costumes inerentes da piedade popular: as orações diárias do
Pai-Nosso, Ave Maria, Anjo da Guarda, entre outras. Porém, em um determinado
momento da minha infância houve um afastamento da vida eclesial, que só foi
retomada com a catequese da primeira Eucaristia.
Quando e como surgiu a vocação para o sacerdócio?
Como
disse, a minha vida eclesial foi retomada de uma forma mais definitiva a partir
da catequese da primeira comunhão e, sem dúvida alguma, esse período da minha
vida foi extremamente importante para o primeiro despertar vocacional. No
entanto, a decisão só foi tomada de uma forma mais definitiva a partir dos 18
anos, quando comecei o processo de seleção vocacional no Seminário de São
Pedro. A Vocação não surge de forma repentina como em uma mágica, mas são
pequenos sinais em nossa vida que Deus, aos poucos, vai confirmando e “falando”.
No meu caso, a minha maior motivação foi o anseio de entrega e anúncio do
Reino, sobretudo, para os pobres de espírito.
Como foi a caminhada de seminário?
Foi um
período frutuoso e eficaz para a minha formação humana, intelectual e
espiritual, pois me foi proporcionado a possibilidade de ascender nessas áreas.
Foi no seminário que dei os primeiros passos formativos à caminho do tão
esperado presbitério. É no seminário que temos toda a fundamentação teórica do
ser padre. A prática do sacerdócio também é começada no seminário através da
perseverança cotidiana da oração, dos estudos e da própria experiência pastoral
que vivenciamos semanalmente. Sem dúvida alguma, serei eternamente grato por
tudo o que o seminário me proporcionou e, de maneira especial, por ter sido tão
importante para o “amadurecimento” da minha fé.
O que tem achado do período de estágio em Nísia
Floresta?
Eu já
conhecia esta ilustra cidade, pois entrei no seminário com o Diác. João Batista
(filho da terra) e isso possibilitou a minha estada em várias ocasiões nesta
“eterna Papari”. Sem dúvida alguma eu posso dizer que esta cidade tem sido para
mim como uma escola à ensinar-me várias lições, dentre as quais destaca-se o
“ser pastor”. Mas, o que me chama mais atenção nesta cidade é a manifestação da
piedade popular do povo de Deus. Além disto, o povo é muito acolhedor e na sua
grande maioria está sempre disponível para colaborar com as necessidades da
Igreja em peregrinação.
Qual o sentimento ao saber de
sua ordenação diaconal?
“Sou
apenas um servo inútil, fiz o que deveria ser feito”. Estas palavras do
Evangelho resumem o que eu tenho sentido nestes últimos meses, pois ao olhar
minha impotência reconheço que tudo é graça de Deus. O que eu quero dizer, na realidade, é que há
uma mistura de sentimentos e pensamentos: enquanto meu coração “explode de
alegria” ao contemplar de forma tão próxima a minha ordenação, uma realidade
que tenho me preparado nestes últimos dez anos; a minha razão diante das minhas
limitações, reafirma a minha indignidade de receber um dom de Deus tão precioso
que é a Vocação sacerdotal. Por isso, só peço que todos possam rezar por mim,
para que eu seja um diácono e futuro padre que der muitos frutos para o Reino
de Deus.
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