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(Foto: Rafael Lima) |
Promovida
pela Paróquia de Nossa Senhora do Ó, em Nísia Floresta, a I Conferência Popular
teve como objetivo principal apresentar a realidade do tráfico humano para a
sociedade nisiaflorestense. O evento, que reuniu representantes do Poder
Legislativo, sindicatos e conselhos municipais e população em geral, foi
realizado na manhã desta quinta-feira, 10, no Centro Pastoral.
O
encontro foi aberto com uma apresentação coreográfica de crianças e jovens
paroquianos, que foi montada em cima do hino oficial da Campanha da
Fraternidade 2014, que tem como tema: Fraternidade e Tráfico Humano. Em seguida, o Padre Ajosenildo Nunes – pároco local, proferiu palavras de acolhida e agradecimento
aos presentes, além da oração da campanha.
Em
sua palestra, que abordou o texto base da CF 2014, o Diácono Francisco Adilson,
Assessor do Vicariato Episcopal para as Instituições Sociais da Arquidiocese de
Nata, entre outros tantos fatores, citou a “má distribuição de renda como uma
das principais raízes para o desenvolvimento do tráfico humano no Brasil” e que
“lutar contra isso é um dever de todos”.
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Público acompanha a palestra do Diácono Adilson. (Foto: Rafael Lima) |
O
segundo palestrante foi o mestre em economia e professor universitário, Aluísio
Alberto Dantas, que falou sobre como o sistema econômico atual – o capitalismo – está ligado à vulnerabilidade social. Ele fez reflexões sobre a doutrina social
da Igreja e seu claro posicionamento contra tudo aquilo que não favorece a
dignidade humana, posição que deve ser de todos os cristãos.
Houve
ainda um momento de debate onde foram citadas as carências existentes no
município de Nísia Floresta e como elas favorecem especialmente o trabalho
escravo e a exploração sexual. As pessoas puderam expressas seus pontos de
vistas e sugerir ações e projetos para tentar mudar a realidade nisiaflorestense,
de forma especial daqueles marginalizados pela sociedade. A realização de um
concurso público no Poder Executivo foi um dos assuntos mais citados.
No
momento final, o Padre Ajosenildo afirmou que “a Igreja fez uma parte de seu
papel, apresentando o problema para os poderes constituídos e à população como
um todo”. O sacerdote aproveitou a presença do presidente da Câmara Municipal,
vereador Jorge Januário, e solicitou uma audiência pública onde serão apresentadas reivindicações voltadas à valorização e a dignidade dos
nisiaflorestenses.
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