É uma “capacidade que existe em nós”
Por Alexandre Ribeiro
ROMA, domingo, 18 de setembro de 2011 (ZENIT.org)
– Em uma transmissão na TV pública alemã ARD nesse sábado, o Papa explicou a razão da viagem que realizará à Alemanha nos dias 22 a 25 deste mês.
“Não é turismo religioso e muito menos um show”, disse. “Do que se trata, diz o lema destes dias: Onde está Deus, aí há futuro. Deve se tratar do fato de que Deus volte ao nosso horizonte, este Deus com frequência totalmente ausente, de quem no entanto necessitamos tanto”.
“Talvez vocês me perguntem – prosseguiu o Papa: ‘Mas Deus existe? E se existe, Ele se ocupa verdadeiramente de nós? Podemos chegar até Ele?”
“Sim, é verdade: não podemos colocar Deus sobre a mesa, não podemos tocá-lo como um utensílio ou pegá-lo com a mão, como um objeto qualquer”.
“Devemos desenvolver novamente a capacidade de percepção de Deus, capacidade que existe em nós. Podemos intuir algo da grandeza de Deus na grandeza do cosmos.”
“Podemos utilizar o mundo através da técnica, porque ele está construído de maneira racional. Na grande racionalidade do mundo podemos intuir o espírito do criador do qual provém, e na beleza da criação podemos intuir algo da beleza, da grandeza e também da bondade de Deus”, disse o Papa.
“Na Palavra das Sagradas Escrituras podemos escutar palavras de vida eterna que não vêm simplesmente dos homens, mas vêm d’Ele, e nelas escutamos sua voz.”
“E finalmente – afirmou Bento XVI –, quase vemos Deus também no encontro com as pessoas que foram tocadas por Ele.”
“Não penso só nos grandes: de Paulo a Madre Teresa, passando por Francisco de Assis; mas penso em tantas pessoas simples das quais ninguém fala. No entanto, quando nos encontramos com elas, delas emana algo de bondade, sinceridade, alegria, e sabemos que aí está Deus e que Ele também nos toca.”
Por isso – prosseguiu o pontífice –, neste dias queremos nos empenhar para voltar a ver Deus, para voltar nós mesmos a sermos pessoas pelas quais entre no mundo uma luz de esperança, que é luz que vem de Deus que nos ajuda a viver”.
Fonte: http://www.zenit.org/article-28868?l=portuguese
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