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em terça-feira, 26 de outubro de 2010

ARQUIDIOCESE DE NATAL
Paróquia de Nossa Senhora do Ó
Pça. Cel. José de Araújo, 81, Centro
Nísia Floresta – RN
Tel. (84) 3277-2306

NOTA DE ESCLARECIMENTO
SOBRE
O MUSEU NÍSIA FLORESTA E A FESTA DA PADROEIRA

Amados Paroquianos e Paroquianas,
Ilustres Senhores e Senhoras,

Venho por meio desta nota esclarecer algumas dúvidas e confusões a respeito de dois pontos principais que envolvem a Paróquia de Nossa Senhora do Ó: a) O Museu Nísia Floresta; b) A Festa da Padroeira.

1)      Ao tomar posse no dia 29 de julho deste ano de 2010, encontrei muitíssimos frutos do trabalho pastoral do Pe. Inácio Henrique Teixeira. Entre ouras coisas, o Pe. Inácio procurou promover o livre acesso à cultura. Certamente, nem sempre as posturas assumidas por ele agradaram a todos, mas isto não impede de reconhecermos o seu valor. Sei também que nunca poderei agradar a todos! Reconheço, com verdade, que encontrei a Paróquia, economicamente, desequilibrada, mas isto não dar a mim nem a ninguém o direito de fazer julgamentos precipitados. Agradeçamos ao Pe. Inácio, perdoemos seus limites administrativos e sigamos em frente.

2)      O Museu Nísia Floresta é fruto de um projeto enviado pelo CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E COMUNICAÇÃO POPULAR – CECOP que, com o apoio da Paróquia de Nossa Senhora do Ó na pessoa do Pe. Inácio Henrique Teixeira, ganhou, em segundo lugar, o Edital Mais Museus 2008 do Ministério da Cultura e o Instituto Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A contrapartida da Paróquia foi a Concessão de uso de um prédio de sua posse, por 20 anos, para a instalação do Museu. Inicialmente o Prédio seria o Centro Pastoral, mas depois de várias conversas, inclusive com o Arcebispo Dom Matias Patrício de Macêdo, a Paróquia, ainda na pessoa do Pe. Inácio, propôs ao CECOP que aguardasse a minha posse para novas conversas e possíveis saídas. Várias possibilidades foram tentadas, todas sem real sucesso.


3)      Depois de minha posse, os contatos foram retomados e várias reuniões foram promovidas na PROMOTORIA DE JUSTIÇA desta Cidade na tentativa de não perder o MUSEU que leva o nome de Escritora que dá o nome à Cidade: Nísia Floresta.
Em uma destas reuniões fez-se presente um dos advogados da Arquidiocese, o Dr. Francisco das Chagas Teixeira de Araújo, que respaldou juridicamente a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). O TAC foi elaborado pela Promotoria de Justiça, analisado e assinado de comum acordo, no dia 13 de outubro de 2010, pelas partes interessadas: Dr. Rafael Silva Paes (Promotor de Justiça), George Ney Ferreira (Prefeito Municipal), Dra. Arialda Helena do Carmo Martins (Assistente Jurídica do Município), Raimundo Melo (Coordenador geral do CECOP) e por mim, Pe. José Lenilson de Morais (Administrador Paroquial).

4)      Para quem não sabe o TAC é um documento de força legal; por meio dele é salvaguardado os interesses, direitos e deveres de todas as partes. Por isso antes de assina-lo me reuni com membros do Conselho Administrativo Paroquial, com o Arcebispo Dom Matias e consultei os dois advogados da Arquidiocese.

5)      No que diz respeito à Paróquia, ela não está perdendo nada. Pelo TAC ficou assegurado que será renovado pela Prefeitura Municipal o aluguel da “Antiga Casa Marista”. O que muda é que a Secretaria de Educação passará a funcionar em outro espaço. A Paróquia será sempre a proprietária do imóvel, salvo o caso de venda ou desapropriação, sempre, porém, garantido o direito do ressarcimento (no popular, pagamento) pelo valor exato do prédio. Na situação atual não existe, portanto, nem doação, nem “entrega de mão beijada” do prédio ao Museu Nísia Floresta. Isto é apenas boato, basta ir a Promotoria ou mesmo a Secretaria da Paroquial e pedir uma cópia do Documento (TAC).

6)      É triste ver que até pessoas esclarecidas não compreendem a importância deste Museu para o Município. Pensam que é só um “lugar de coisas velhas”. Triste mais ainda é ver uma Cidade tão bonita, de um povo tão acolhedor, ficar refém de grupos ou pessoas que estão divididas em vez de se unir pelo bem comum. E o Museu Nísia Floresta, inclui muitos outros projetos de promoção social e resgate de nossos jovens e adolescentes. Não é esta uma causa que deveria unir a todos? Ou buscamos apenas interesses particulares?

7)      Sobre a FESTA DE NOSSA SENHORA DO Ó que ocorrerá de 08 à 18 de dezembro, gostaria de Comunicar o que se segue:
7.1. Esta festa é a mais antiga da cidade, remonta aos tempos da velha Papary. Ela tem uma dimensão religiosa e cultural.
7.2. Estamos abertos a trabalhar com todas as Instituições como, também, com todas as pessoas de boa vontade. Algumas parcerias já foram acordadas no que diz respeito à Cultura com a Prefeitura Municipal e com outras instituições de cultura e turismo como a Secretaria Estadual de Turismo.
7.3.Quanto ao consumo de bebidas na Festa, sinto que há muita divergência entre os fiéis pelo fato de algumas paróquias ainda promoverem ou permitirem. Quero que todos saibam que minha palavra final e definitiva, enquanto aqui tiver conduzindo esta Paróquia como seu Primeiro Responsável,é a mesma do meu discurso de posse: “Uma paróquia não é uma Empresa Comercial, mas sabemos também que, sem a ajuda financeira, o trabalho de evangelização fica limitado. Assim, lhes suplico assumam ou re-assumam, com convicção, a devolução do DÍZIMO. Ele é o modo mais coerente de sustentar a vida paroquial. Não é o dinheiro alcançado com bebidas e músicas fúteis que devem sustentar a Igreja, fazendo-a cair no ridículo e no conta-senso. É o dízimo o modo mais coerente e corresponsável de manter a Paróquia e as comunidades. Nesta Paróquia foi dado um passo muito importante, que, em grande parte, foi mérito do Pe. Inácio Henrique, meu antecessor. Aqui – já há alguns anos – não se faz mais festas profanas usando o nome dos Santos Padroeiros. Não sou moralista! Todas as pessoas têm direito a diversão, mas não é missão da Igreja promover diversões que, por vezes, prejudicam as famílias, os jovens, a própria missão evangelizadora. Este é uma posição e uma conquista que não renunciaremos: neste ponto não daremos um passo à trás” (Discurso de Posse em 29 de julho de 2010).
7.4. Eu creio que ficou claro. A Festa será a mais bonita possível, INCLUSIVE NA FRENTE DA MATRIZ. Na programação há algo especial para cada pessoa, grupo ou comunidade: da “missa tradicional” (em latim) à de “cura e libertação”; da novena soleníssima ao louvor cristão em praça pública; da música clássica à MPB; da dança folclórica àquela religiosa; do silêncio orante ao show cultural. Mas, eu quero colocar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilamente. Muito mais do que as dívidas financeiras, tiraria a minha tranquilidade o perigo de ver a Festa da Mãe do Salvador promover algo que tem destruído famílias inteiras.
7.5. Muitos – com boa vontade – me disseram que “sem a bebida não é possível fazer o leilão dos garotes”. Pois eu lhes apresento a solução: NÃO VAMOS PEDIR GAROTES. CONVIDO OS FAZENDEIROS E OUTROS PROPRIETÁRIOS A FAZEREM SUAS DOAÇÕES DIRETAMENTE à TESOURARIA DA PARÓQUIA na Secretaria Paroquial. Nos próximos dias, enviarei um ofício motivando-os a isto. Deste modo, suas contribuições serão corretamente contabilizadas, inclusive com a emissão de RECIBO.
Por fim, COMUNICO que, no próximo dia 28 de novembro, estaremos recebendo um novo vigário paroquial, o recém-ordenado Pe. Fábio Pinheiro Bezerra. Ele vem para ajudar-me na administração e condução pastoral da Paróquia de Nossa Senhora do Ó. Depois, poderá até mesmo substituir-me numa transição harmoniosa e sabiamente amadurecida. Tudo isto, porém, está nas mãos do ALTÍSSIMO, a quem confio minha vida, vocação e o tempo que nesta Cidade permanecer.
 Certo de contar com a compreensão de todos e o apoio dos autênticos amantes da Igreja e do Evangelho de Jesus Cristo, abençoo-vos em nome da Trindade Santa.
Nísia Floresta- RN, 26 de outubro de 2010

Pe. José Lenilson de Morais
Administrador Paroquial

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