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O celibato em pauta

em quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

LISBOA, terça-feira, 8 de fevereiro de 2011 (ZENIT.org) - O cardeal Walter Kasper recorda que em 1970 pediu um estudo sobre a necessidade do celibato obrigatório, mas nunca solicitou a abolição dessa prática na Igreja.
Em declarações à agência da Igreja Católica em Portugal, Ecclesia, à margem das celebrações do dia nacional da Universidade Católica Portuguesa (4 de fevereiro), o purpurado alemão considera que os “tempos mudaram” desde que esse estudo foi solicitado.
O cardeal Kasper, presidente emérito do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, assinou – segundo refere a agência portuguesa –, tal como Joseph Ratzinger, um memorando aos bispos alemães por um grupo de nove teólogos, entre eles Karl Rahner, Otto Semmelroth e Karl Lehmann, pedindo um estudo sobre a obrigatoriedade do celibato.
O antigo membro da Cúria Romana afirma que a intenção era “discutir” a questão, mas sem qualquer proposta de “abolir” essa disciplina eclesial.
“Entretanto, discutiu-se muito, houve três sínodos mundiais que falaram do celibato e decidiu-se manter esta disciplina, eu próprio acredito que o celibato é um bem da Igreja”, disse o cardeal Walter Kasper.
Na última semana, mais de 140 teólogos católicos de universidades alemãs, suíças e austríacas subscreveram uma petição - «Igreja 2011: uma renovação indispensável» - a pedir uma reforma de fundo da Igreja, abordando, entre outros, o fim do celibato obrigatório para os padres.
O cardeal Kasper admite que a discussão “nunca está encerrada”, mas sublinha que a decisão da Igreja sobre esta matéria “está tomada” e que o atual Papa não pensa “mudar esta disciplina” do celibato obrigatório.

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