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Palavra do Arcebispo ao fiéis

em sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O sacerdócio




Caríssimos irmãos e irmãs,
No próximo dia 21 estarei celebrando 20 anos de sagração episcopal. Muito Deus tem me concedido de sua graça para viver como pastor na Igreja durante este período.
Estive como Bispo nas Dioceses de Cajazeiras e de Campina Grande, ambas na Paraíba. Depois, o Senhor Jesus, em sua infinita misericórdia, trouxe-me para ser o Arcebispo de Natal, Diocese onde vivi meu ministério sacerdotal.
Para celebrar esta data, vou ordenar, naquele dia, 13 novos Padres para a Igreja de Natal, sendo dois da Associação Pública de Fiéis Filhos de Sant’Ana.
Quero aproveitar este momento para refletir com vocês sobre o sacerdócio ministerial.
A Carta aos Hebreus afirma que o Sacerdote é tirado do meio do povo, para servir a esse mesmo povo, nas coisas que são de Deus, oferecendo sacrifícios por si mesmo e pelos que lhe são confiados.
Quanta riqueza de vida está contida nesta afirmação. O Sacerdote não é um anjo que veio do céu e apareceu de repente no meio da comunidade. É um ser humano como os seus irmãos aos quais é chamado a servir.
A diferença está no chamado que recebe de Deus. Precisa buscar a santidade em sua vida diária para oferecê-la ao rebanho que lhe é entregue para cuidar.
Este sacerdócio não significa um status ou uma posição privilegiada na Igreja. Quem o recebe deve procurar vivê-lo em espírito de serviço e doação. A abnegação deve ser marca registrada dos que o assumem.
Deus prometeu, através do profeta Ezequiel, que não faltariam sacerdotes em sua Igreja, e que os faria ser segundo o seu próprio coração.
A Igreja de Natal tem muito que louvar ao Senhor. Tantos sacerdotes santos por aqui já viveram: Pe. André de Soveral, Pe. Ambrósio Francisco Ferro, Cônego Monte, Pe. João Maria e tantos outros que no anonimato da vida pastoral consomem-se de amor pelo Reino de Deus.
Mas é preciso que cada fiel leigo se conscientize da importância de sua oração para que Deus mande mais ministros para a sua Igreja. Ministros que, apesar de sua humanidade, queiram estar à disposição do amor divino pelas almas.
É preciso também que cada Padre tome cada vez mais consciência de que é um representante de Deus no lugar onde foi chamado a servir e que deve fazê-lo com o coração transbordante de amor.
Deus nos abençoe e a Virgem da Apresentação, Mãe dos Sacerdotes, nos proteja a cada dia.


Dom Matias Patrício de Macêdo
Arcebispo Metropolitano de Natal

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